Fico pensativo toda vês que ouço nos meios de comunicação alguém se intitulando como pai de santo fulano de tal, que faz consultas no tarô, búzios e etc;
Dizendo coisas inacreditáveis tais qual, quem ganhará o campeonato de futebol, relacionamentos amorosos dos artistas de TV, política nacional e internacional, dando palpites que uma criança de três anos teria dificuldades para acreditar, pois todas são vazias de sentido prático e denotam que nisto não há nenhum resquício de espiritualidade superior, e se houver alguma espiritualidade é com certeza de espíritos frívolos e levianos que se comprazem em risotas e intrigas.
Pois o que as pessoas não entendem é que nisto não há sentido de espíritos sérios se ocuparem. Pois qual homem serio desperdiçaria seu tempo em adivinhações especulativas e improfícuas que não levam a coisa alguma a não ser servir de entretenimento para os desavisados e ignorantes dos saberes espirituais.
Quando ouço que o pai de santo fulano de tal tem um terreiro de Umbanda fico mais chocado ainda, pois que eu saiba pai de santo é título do chefe material do terreiro africanista que deve ser respeitado a medida de sua seriedade no cargo que exerce, mas não consigo entender como tal anomalia invadiu a Umbanda;
Explico o porquê da palavra anomalia:
Porque a Umbanda apregoada pelo pioneiro Caboclo das Sete Encruzilhadas, que eu tenha conhecimento, nunca usou para o chefe material dos trabalhos no terreiro, o termo pai de santo.
Chefe do terreiro de Umbanda é cacique como era na selva dos antigos indígenas, mas sinto que muitos exploradores da fé alheia, já mais se denominariam cacique, pois há neste nome um vinculo automático de rusticidade, pois o selvagem em uma sociedade capitalista, já mais será respeitado como celebridade, pois todos querem a pompa, isso chama mais a atenção e traz mais dinheiro.
Poderia tecer mais comentários a respeito do assunto mais daí correrei o risco de ser confundido como “xenófobo” de pai de santo;
Explico melhor o que quero dizer, serei confundido como um anti pai de santo, coisa que não desejo, pois como dizem, cada um na sua praia.
Acho que o que expus neste pequeno texto é o suficiente para fazer os irmãos de fé umbandista pensarem como vai a religião que praticam.
Mas ainda faço uma ressalva para aqueles que não entenderam o sentido real deste texto:
Todos devemos respeitar os sacerdotes de outras vertentes religiosas, que fazem com fé e seriedade os seus trabalhos espirituais, mas me desculpem, pai de santo na Umbanda não existe, é mais uma denominação errônea que só pega na mente dos irmão que não estudam a religião que praticam.
